Uma questão de gosto
É certo que falar da tristeza alegra meu coração e falar da alegria o conforta. O engraçado é como as linhas nunca perdem o contorno do seu rosto. Todas tem algo seu para dizer. Sempre registrando banalidades, felicidade extrema ou tragédias em tempo real. Em mim vivem vulcões que constantemente entram em erupção e precisam de suporte jornalístico pra notíciar a quem eu não sei, o que se passa aqui dentro. Perco a forma as vezes ou a linha que gosto de seguir, mas encontro nas lágrimas habilidade suficiente pra colocar em palavras o que você me causa. É como uma terapia, alguém com quem conversar e fazer aquela famosa indagação "será que ele gosta de mim?". Gostaria as vezes que meus olhos não tivessem se rendido aos seus. Eu tinha pleno controle sobre mim e a minha vida antes disso. Agora sou um barco sem rumo a atravessar seus oceanos calmos e turbluentos. Seu humor é uma caixa de surpresas e minhas vontades ultrapassam os limites físicos. Tantas coisas acontecem ao longo do tempo e me sinto jovem quando deveria me sentir velha. No fim eu gosto de provar todos os sabores que você me oferece e sei que você deseja todas as noites os vários que eu tenho.