O fim da guerra
Finalmente a poeira começa a descer. Aparecem os primeiros feridos e tantos desabrigados. É o fim de uma batalha desnecessária. Não houve vencedor, apenas destruição e desespero. Os anjos choraram por dias o sangue das crianças inocentes. Os homens se ignoraram como semelhantes e destríram uns aos outros com satisfação. As mulheres viram seus filhos partirem antes delas e banharam salgado as vestes imundas. Algumas se armaram de coragem e partiram para o fim evidente. Assim foram dias e mais dias vermelhos e negros. Barulhos ensurdecedores e gritos. O terror em asas escuras e rondar esconderijos e pastos. Nada era seguro. Cada dia era um a menos para a decisão duvina. No fim resta tristeza e pouca esperança. Vidas alteradas e chão bruto para recomeçar. É preciso força e olhos cegos pra desconstruir o agora e construir o futuro.