Olhos abertos pro destino

É bom sorrir sem direção, sem saber quem vai retribuir ou contribuir. No vento as folhas não têm destino e com elas deixo o meu na tempestade. Na chuva sei que liberdade se dá gelada. Na noite sei que companhia não é sinônimo de você. Já não existe dono dos meus olhos, pupilas radiantes que transbordam emoção e fazem da íris mais viva a cada verso. Meus lábios se movem a livre vontade, se contorcendo por sabe Deus quem. Algum desconhecido que ainda não tem rosto, mas um doce perfume de mistério e promessa. Sei que meu corpo não deveria balançar por qualquer um novamente, mas você me ensinou que da vida se nascem amores e que paixões não passam de convites aceitos, com ou sem expectativa. É só deixar levar, ao som do sibilar do desejo. Vai saber por onde as pernas querem caminhar, vai entender onde querem se enroscar. Nesse mundo é tudo feito pro pecado. Pobre aquele que espera do amor a santidade e a castidade das ações e das palavras.